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Personagens

PROJETO DE LIVROS

Personagens

Ladeira acima

Que barulho!
Parecia um trem que vinha lá de cima acompanhado por exageradas exclamações de euforia; “oooba!” “Hiiipe!”” Rummm!” “Iauuuum!”
Era a turminha do Netinho que vinha lá da vila operária, que, nas férias escolares de verão, desciam a ladeira asfaltada da rua Almeida e Silva, com seus carrinhos de rolimã. Eram apenas quatro carrinhos, mas que barulho…
E o pior é que quase sempre despencavam na descida, ao mesmo tempo, como que competindo numa corrida de automóveis.
Somando-se ao barulho a voz rouca de Dona América, de origem italiana, berrava – Moleques, parem com isso. Não se pode nem assistir a “televisón!” Vou chamar seus pais… Sem “educaçon”…
Mas que nada. A única coisa que amainava aquele trovejar era o tempo que os meninos levavam para subir a rua. Nem aí o silencio não era completo. Discussão sobre quem teria chegado primeiro, ou se alguém teria fechado a passagem de outro, eram acompanhadas pelo bater das tábuas e o tinir das rodinhas que tocavam o chão ao serem arrastadas para o alto da ladeira.
À medida que o tempo passava, esse alternar ruidoso ia se esticando.
A explicação era o cansaço da molecada ao longo de horas de desabaladas descidas e escaladas extenuantes.
Com tanta atividade, à noite, dormir era fácil. E mesmo dormindo, aquela louca aventura parecia continuar nos sonhos dos meninos pilotos. Neles ainda desciam velozmente, mas muito devagar escalavam o morro, tal qual câmara lenta de cinema.
Numa dessas tardes, Rui, um dos meninos, observando como os automóveis sobem facilmente a rua, propôs à tropa – Precisamos inventar um jeito de subir sem fazer tanta força. Deste jeito a brincadeira fica sem graça.
Depois de um espantado minuto, Zezinho berrou: Eu tenho uma idéia!
A gente arranja uma roda velha de bicicleta, põe o eixo dela no tampo do
bueiro da rua e passa uma corda bem comprida por ela. Amarra uma ponta dela no carrinho que vai descer carregado, e a outra ponta a gente engancha no carrinho vazio que estará lá embaixo. Assim podemos subir a ladeira sem precisar carregar nada. Não é uma boa?
ideia brilhante do Zé iluminou as carinhas de todos os outros.
Eu sei onde arranjar uma roda velha de bicicleta exultou Edu. O espanhol do ferro velho é amigão do meu pai…
Bem a corda eu já tenho. Sobrou da reforma do telhado de minha casa disse Rui pouco entusiasmado. A idéia é boa, mas ainda temos que subir tudo a pé.
Dez minutos depois a turma lutava para instalar o estranho teleférico. Coloca aqui, calça dali, apruma acolá, apóia aí, escora o chassi, segura com arame a parte de cima do eixo, e pronto – eis uma geringonça a ser testada.
Quem será o corajoso piloto de testes?
Pode deixar, berra Zezinho, pulando pra cima de seu carrinho. Prendam um carrinho vazio na ponta da corda e o levem lá para baixo, enquanto eu amarro a outra ponta aqui no meu possante…
Tudo pronto? Pode soltar! E lá vai…
Parece que ia dar certo… o carro do Zezinho devagar, descendo, puxa a corda que passa pela roda de bicicleta e vai trazendo para cima o outro carrinho.
Mas a euforia durou menos que um segundo. A corda escapando da guia da roda, arranca fora toda a tranqueira da tampa do bueiro. Ao mesmo tempo o veículo do Zezinho, arrastado pela corda com ela se emaranha e enrola com a estranha engenhoca. Que bagunça!
Muitas tentativas após, sujos, suados, muito cansados, os meninos desistem e um a um, cada qual com uma desculpa mais esfarrapada que a outra, vai se despedindo. Cabisbaixos, vão para casa, levando consigo o agora muito pesado veículo de rolimã e a frustração do fracasso.
Nessa idade, decepções desse tipo são logo esquecidas, disse a mãe de Netinho, ao saber do caso. Vá tomar um banho e depois de jantar vá logo pra cama. Amanhã é outro dia e você inventa outra…
Apesar de cansado, não pegou logo no sono. Ficou matutando sobre o problema de voltar para cima do morro sem tanto esforço. Ficava imaginando como os automóveis subiam a Almeida e Silva sem nenhuma dificuldade.
Lembrou-se então, o que tio Manolo, mecânico, lhe havia ensinado a respeito dos motores à explosão. – “Dentro de um cilindro a gasolina entra misturada com ar e como uma faísca explode empurrando um pistão, que por sua vez, faz um eixo rodar e com isso também rodam as rodas do carro. Tão simples…
Cilindro?…Uma lata de massa de tomates é um cilindro… Ponho uma lata menor dentro dela, ligada a um eixo por um pedaço de cabo de vassoura e…
(Veja como o projeto do Netinho iria ficar depois de pronto).
E gasolina? Como arranjar gasolina? Mas gasolina é tão cara e perigosa…Que outra coisa poderia explodir dentro do cilindro? Nisso um cheiro de pipoca invadiu o quarto. Na cozinha, dona Vilma estalava pipoca para engolir com os programas da TV.
Ë isso! Exclamou Netinho. Pipoca para virar do avesso dá um estouro.
É a energia que eu precisava. E o que sobra? Em vez de fumaça, uma gostosura de pipoca fresquinha. É só catar numa caixa de papelão em baixo do motor… Quem sabe até vender pra molecada…Milho de pipoca, mamãe tem bastante, guardado na prateleira…
Mas tem outro problema… a faísca! Tio Manolo havia dito que no alto do cilindro uma vela fazia a faísca para a explosão.
É simples! Vou usar uma vela mesmo. Dessas de igreja.
Uma vela em cima do cilindro.
Faço um furo no topo da lata de tomates por onde entrarão os grãos de milho pipoca. A vela esquenta a lata e o danado milho estoura virando o eixo e a roda. Pronto, tudo resolvido…
Netinho já se via dirigindo o seu carrinho de rolimã para o alto da Almeida e Silva e se deleitava com a inveja dos companheiros de volante, e a admiração das meninas da paróquia.
Imagina até sendo entrevistado por repórteres de TV e de jornais.
Que maravilha! Fotos nos jornais, medalhas e prêmios em dinheiro e em guloseimas doces e salgados…
E já voava pelos céus…Porque tudo já vira sonho. E com uma enorme alegria no coração, Netinho cai num sonho profundo.
No dia seguinte, logo depois da escola, o garoto muito sorrateiramente, evitando a companhia dos colegas pilotos, rumou em direção do depósito de ferro-velho do seu Hernandes, o espanhol.
Não foi muito difícil arranjar aquelas latas. O resto ele já tinha espelhado no seu próprio quintal. Algumas marteladas, alguns cabos de vassoura serrados e a engenhoca estava montada. Ficou mais ou menos assim: –
Catou o combustível milho, uma caixa de fósforos e aquelas preciosas velas. Lá no fundo do quintal preparou o primeiro teste.
Mas como uma simples vela poderia fazer uma pipoca se revelar? O calor não era tão grande quanto a expectativa do menino. Que decepção!
Numa tentativa desesperada, Netinho lembrou-se de um restinho de álcool numa garrafa plástica no canto do banheiro.
Ele sempre soube que de maneira nenhuma criança alguma deveria brincar com álcool. Vira isso na televisão e na escola os professores sempre alertavam seus alunos quanto ao risco do uso desse liquido.
Mas ele era um cientista que estava preste a criar uma máquina incrível.
Iria arriscar-se em prol da ciência…
Botou um tiquinho em cima do motor com as velas acesas… Fluop!… Um flash de luz iluminou a cena, mas nada de pipoca estourada.
Irado e esbaforido resolveu aumentar a quantidade de álcool.
Afinal todo motor precisa de um arranque, um empurrão inicial.
Mas assustado com a primeira tentativa afastou-se alguns passos e temerosamente atirou todo o conteúdo da garrafa.
Bum!!! A dose foi demais… Num instante todo carrinho pegava fogo e o milho que estava sobre ele começou a pipocar.
E era pipoca que não acabava mais…
Uma hora mais tarde Netinho aparece no alto da ladeira, onde estão os seus companheiros, exclamando: – Tive uma outra idéia genial. Qualquer pessoa que estiver subindo a rua levar para cima o nosso carrinho vai ganhar um saquinho de pipoca inteiramente grátis!
Os meninos se entreolharam. Mas que idéia mais boba…Quem ia querer?
Foi então que reparam… Olha o carrinho do Netinho! Está todo queimado e remendado! O que aconteceu?
O garoto para não ter que explicar tudo ofereceu pipocas para todos os amiguinhos.
Aquela foi a tarde da pipoca no alto da rua Almeida e Silva…

fim


MEU AMIGO DE OUTRO MUNDO  –     Por Luiz C. Salgueiro

 Olha a bola! …E a bola rola. …E é goooll ! Grita a Cléo.
Cléo é a irmãzinha de Renato, que também é a dona da bola
Tem só quatro anos. A bola não. Só tem dois meses. É novinha.
Uma linda bola de quatro cores.
Renato é muito esperto e apesar de ter apenas seis anos é muito bom de bola. Mas odeia jogar futebol com bola de mulher. Como não tem outra…
Ele e seus amiguinhos do prédio jogam quase toda a manhã , na quadra de tênis do condomínio onde moram. “Rê”, como ele é chamado na turminha, é quem organiza o jogo. Paulinho na defesa, Sergio e seus dois primos nas laterais. Rê, é claro, é o centro avante. Agora adivinhem quem joga no gol? Nada mais nada menos que o Bistéco. E sabem quem é o Bistéco?
Pois Bistéco é o cãozinho do Paulinho. Branco, quatro patas e um rabo muito irrequieto. Ele leva muita bolada, mas tá sempre rindo com aquela linguona de fora. É um cachorro frangueiro, mas muito esforçado.
E como nunca existiu um time adversário, eles jogam entre si mesmo.
Vale tudo, menos substituir o goleiro, que é também gandula. É sim.
É o experto Bistéco quem vai buscar a bola e leva um tempão pra fazer isso. Taca os dentes e as unhas sem dó, na pobre coitada, e sempre precisa de ajuda.
Foi num dia desses, mais precisamente num sábado muito bonito de sol, mas com muito vento, que tudo aconteceu…
Renato, Paulinho e o Sergio com seus primos jogavam bola, como sempre. Não sei se foi na defesa ou no ataque, que um fantástico chute foi dado. Bistéco, como sempre muito resoluto, saltou atabalhoadamente, mas sem sucesso. Espatifou-se no chão, mas logo, rindo como sempre, ergueu-se com aquela cara de sonso..
A pelota atravessou as redes que nunca existiram, passou por cima da grade da quadra, e sem olhar para traz, superou também o muro do condomínio.
Aquela coisa redonda e colorida, tomou um rumo desconhecido, misterioso, improvável, inconcebível mesmo.
O que haveria depois daquele sólido e frio limite?
Nunca ninguém da turma, sequer cogitara a existência de alguma coisa além daquele paredão. O que haveria lá? Um rio, uma avenida, uma floresta, uma indústria? Ou até um mar, quem sabe?
Fim de jogo. Mas a Cléo, que assistia da janela do apartamento, berrou de lá: Ei! Minha bola… Quero minha bola… quero minha linda bola…
Uma nuvem pairou sobre a turma desmilinguida. Como resgatar a bola?
Seria preciso uma escada, talvez? Dar a volta por fora do condomínio, por fora do quarteirão. Um quarteirão muito grande e acidentado por sinal.
Ficava no alto de um morro cheio de mato que dava a ele, contornos muito indefinidos.
Mas é claro! Quem é o grande responsável por todo o condomínio, senão o “seu” Júlio?
O zelador certamente. O “seu” Júlio, grandão e forte, conhece como ninguém as redondezas, (muito embora o quarteirão fosse quadrado, ah, ah. Redondezas de um quarteirão quadrado, essa é boa…)
Seu Júlio…Seu Júlio, a bola…entraram gritando na portaria.
Pode deixar. Eu vi a bola cair, disse o zelador. Amanhã vou procura-la.
Bem, pensou Renato, domingo a bola estará de volta, com certeza.
Mas domingo passou e o “seu” Júlio pouco foi visto. O jeito era jogar vídeo game na casa do Sergio. No entanto a Cléo não esquecia da sua colorida bola, resmungando e reclamando o tempo todo.
Não perturba, Cléo. estrilava Renato. O “seu”Júlio vai trazer logo, logo.
Veio segunda, depois terça, e quarta chegou, e nada de bola. Cléo, muito triste, já nem brincava mais, cobrando a volta de sua bola.
Só quando sexta feira anoiteceu, que o zelador apareceu, mas não trazia coisa alguma. Foi falar com seu Jorge, pai de Renato e Cléo, lá no seu escitório. A portas fechadas.
Renato só pode ouvir algumas palavras, quando o zelador já se retirava.
Dizia ele: …é outro mundo Doutor Jorge, outro mundo… Não é possível saber o que acontece lá… é tudo muito diferente.
Tudo bem, senhor Júlio. Não tem importância Amanhã cedo eu compro outra para a menina, falou o pai do Renato.
Grande mistério! Pensou o menino.
Que coisa estranha haveria por de traz daquele paredão? Um outro mundo? E que coisas acontece nesse mundo. Será que é um mundo de extra terrestres, ou de fantasmas de outro mundo?
Cléo ganhou uma outra bola até mais bonita que a primeira, com estrelas de várias cores, e maior. Seu sorriso e alegria voltaram, mas agora a nova bola só era jogada com suas amiguinhas, a Cristina, a Cecília, …Meninos não mais!
Renato, nem tanto aborrecido como intrigado, procurava entender aquele mundo que até o fortão do seu Júlio não conseguira desvendar.
Aquilo ficou martelando em sua cabeça, até que o Paulinho, falando de outra coisa, disse a palavra mágica: “Expedição”…
Expedição! É isso! Vamos fazer uma expedição àquele insólito mundo que, por traz do muro engolia bolas coloridas de meninas choronas… Vamos desvenda-lo, vamos conhecê-lo, e mostrar à todos, os seus mistérios, e também quem tenha seus brinquedos aprisionados.
Precisamos de um plano, diz Paulinho. Um plano e uma estratégia completa Serginho. Sim, claro, um plano estratégico e principalmente um trajeto, completou Renato. Daqui não dá pra ver como chegar além do paredão. Precisamos contornar algumas casas e encontrar um terreno vazio para lá chegar. Não poderemos ir de dia para não sermos vistos… E nem à noite, ponderaram os outros. Não veremos o caminho no escuro da noite, disseram.
Iremos à tardinha, mas levaremos lanternas para a volta. Eu tenho uma câmera de fotografia, exclamou Paulo. Se forem mesmo extra-terrestres, vamos fotografá-los, para provar sua existência.
E assim fizeram. Depois de algumas casas, um terreno à venda, abriu para a turminha o acesso à encosta do morro. Cheio de arbustos e pés de mamona, o horizonte vivível era muito próximo.
Na névoa da tarde, luzes verticais foram vistas. Olha lá! Olha…
Alguns vultos, movimentando-se, por vezes escondiam as luzes.
E Que é aquilo? Uma nave? Um disco? Mas é tão quadrado!
Com coragem, foram chegando mais perto.
Mas é… mas é.. é um barraco! Sim um barracão! As luzes vêm das frestas da parede. Será que os alienígenas estão construindo moradias provisórias?
Nesse momento um vulto escuro surge na penumbra entre os barracos.
É pequeno, é magro, é cabeçudo e veste uma espécie de macacão
Parece mesmo um ser de outro planeta.
A turma, petrificada, aguarda. Foram descobertos… E agora?
Ei vocês aí… Nossa, o ET falou !
ET? Quem é ET. Meu nome é Giba. O que vocês vieram fazer aqui? Paulinho interrompe: – Pêra aí! Agora é que estou vendo. Isto é uma favela! Olha quantos barracos… E tudo tão expremidinho…
…E onde os riquinhos do condomínio pensam que estavam? Em algum shopping? Perguntou o ET de nome Giba.
Renato, se dando conta do engano, logo explica: Viemos procurar a bola da minha irmãzinha que caiu aqui, outro dia…
Há esta hora? Retrucou Giba, desconfiado. E explicou; Eu vi uma bola cheia de frescura, cair do condomínio, semana passada. Está com um moleque do nosso time de futebol. Eu acho que ele não vai devolver, não.
Temos um jogo marcado pro sábado. Sem a bola ninguém joga.
Bem, não tem importância, diz Renato. Minha irmã já ganhou outra bola.
Só viemos ver o que havia aqui em baixo. O zelador do prédio disse que aqui é outro mundo…, tudo muito diferente…
E é…, completou uma voz rouca saída de uma janelinha de taboas, no barraco próximo. Entrem aqui para ver como vivem os favelados deste país. Isso mesmo, entrem, convidou Giba. É minha vó . Ta fazendo a janta.
Ressabiados, eles entraram. Puxa! Que pequeno. Já não cabe mais ninguém neste barraco. E é tudo junto, cozinha, quarto… E o banheiro?
É lá fora disse Giba. Um pra todo mundo. E as vielas, são muito estreitas, e sujas, descreve Dona Ernesta, a avó do Giba. Mas vocês devem ir pra casa agora, senão vão se perder no caminho. Está escurecendo…
Também acho, diz Giba, apontando para a saída. Eu ensino o caminho.
Boa noite Dona Ernesta. Boa noite, crianças. Voltem quando quiserem…
Isso mesmo, fala Giba. Porque vocês não vêm sábado de tarde, pra jogar bola com a gente, no campinho da fábrica abandonada? O guarda é nosso chapa. E ta faltando jogador mesmo.
Combinado!
Mas ao chegarem em casa, lá pelas seis e meia, encontraram na portaria a mãe de Renato e “seu” Júlio, ambos muito agitados. Por onde vocês andaram, perguntou dona Silvia. Isso são horas…? E quem é esse menino que eu não conheço?
Ele é o Giba, que mora nessa favela aí atrás.
Na favela? Repetiu dona Silvia. Vocês foram até a favela? Mas que perigo!
Nem tanto, interrompeu Dr. Jorge, que vinha chegando do trabalho.
Há tanto perigo numa favela quanto em qualquer rua da cidade. As pessoas que moram em favelas, não estão lá por escolha. A grande maioria desses moradores é tão, ou mais digna de respeito quanto qualquer cidadão de comunidades mais favorecidas.
O senhor falou como um político mesmo!
Muito bem! Gritaram todos. Viva o Deputado Dr. Jorge…
Menos eufórica, dona Sílvia, arrefeceu os ânimos: Crianças, pra cima já para tomar banho e jantar. E até logo, “seu” Giba.
Nisso, Renato lembrou-se do convite do menino, para o jogo de sábado.
E apelou: Mãe, mãe, deixa a gente jogar bola com o Giba? Deixa?
Não!…Bem não sei, vamos ver, ponderou dona Sílvia. Jorge o que você acha? Vocês terão que levar lanche para todos, sentenciou o pai. Oba!

Já faz muito tempo que aquele jogo de futebol acabou. Os meninos do condomínio perderam. Os meninos da favela ganharam. Ganharam o jogo e muito mais. Ganharam um Centro Comunitário completo, com escola, campo de futebol, quadra de vôlei, uma piscina e até um Posto de Saúde. Tudo graças ao empenho do mais novo Deputado do Estado – O Dr. Jorge.
Renato lembra agora, daquele jogo. Acho que não perdemos. Com certeza ganhamos. Ganhamos muitos amigos e uma cidade mais feliz.
E quando perguntado se acredita em ETs, responde: Aqui, na minha cidade, nunca existiram. Quem sabe alguns venham do espaço, para participar de uma “pelada” no campo do Centro ?

FIM





Proposta de livro ou história em quadrinhos como aula interativa de inglês.

COMO É GO$TO$O MEU INGLÊ$
criação:- Luiz Carlos Salgueiro

Abertura

Em algum lugar da floresta brasileira…

Sir Malcoln= Ei there. (ai-interjeição)

Cacique Uruma =Oba!

M=I am Malcoln Gordon from Haward University. ”Usted falar portuguese”?

U= Eu falo português sim senhor… e você que língua fala?

M =I speak ingles. I am inglesman. I born in the Britsch Island. I´m a antropologist.

Onever you seems do not speak like a native indian, rigth?

U= O “seu” gringo, não entendi nada a não ser “antropologist”. Antropologista aquele que estuda a origem do homem, certo?

M= Yes, yes! “A senior não parecer” uma “been mutcho primitiva”…Have you a superior instructions? Have you study in College or have any universitaire knowledge?

U= Se entendi, sim estudei em colégio e universidade. Me formei pela internet. Minha oca tem uma parabólica e fiz faculdade no Rio de Janeiro.

M= Ooh! Good, good. Probabily because that you speak like a “carioca”

But you dont understand or speek any ingles, rigth?

U= Inglês? Em inglês só sei umas coisinhas tais como ;-

Ao aluno -(escreva neste espaço as palavras em inglês que você conhece>)

U= Eu gostaria de entender e falar corrente e corretamente sua língua. Ela é muito importante nos dias de hoje. Com certeza uma língua universal…

M= Yes, yes, isso…isso. I can help you if you true want learn my linguage.”Eu ajudar senior indian with my idioma, ok?

U= Então tá. O senhor me ensina inglês e eu lhe ajudo nos seus estudos antropológicos falando dos costumes das tribos da região, das tradições e também das coisas da natureza dos segredos da floresta, sua flora, dos animais, das lendas, etc. O mister Gordo aí também não fala portugues bulhufas também né?

M =Gordon, senior Uruma.

M= Falar portuguese? No mutcho, but some spanish I understand. Are both latin languages so there are very similarieties between its.

U = Desse jeito vamos levar anos tentando falar um a língua do outro….

M = I bag your pardon… senior. Anos!?

Bah! Vê o que acontece? Deixa ver aqui nesse seu “pai dos burros” – Olha aqui anos; “iear”

M = Oh yes! -Year. Take too many time. Twelve months…

U =Montes?… eu sei do que

U= Ok. O português vai também no pacote.

M= Pacote? Ah pacage! Wonderfull. Its fantastic association. I must begin if you please. So a give to you this important tool! A litlle ditionaire “português-inglês” that you just call “burro´s father”, with a school book a pencil and a ruber. All its a gifth to you and your family.

U= Ok mister Malcoln, tank you. Então por onde começamos?

M =Maybe we should start just from this; You know what is the name of this object? This is a pencil.

U= Morei. O que é isto? Isto é um lápis. Legal!

U= Mas mr Malcoln, eu ouvi dizer que o inglês dos Estados Unidos é diferente do falado na Inglaterra.

M= Yes, its true. Its happens like a portuguese language talk in Portugal and portuguese that brazilians speaks.

M= Because that problem I will invite my work guide assintant, mr Mike that is american from Texas, to help us.

U= Não entendi nada, mas acho que o cowboy ali vai entrar na jogada.

M= Jogada? Juego? Game? Is not a game, but we will considerate so, if you want.Ok?

U= Ok, mister. Se isso é um “pencil” como posso chamar isto aqui?

M= This is a schoolbook. School is a “escola” and book…

U= …Uma “scul-boca?”

M= No no, my friend indian. Book is a think that you call “livro”, from latin “libro”

U= Então isso é um livro escolar? Aqui chamamos de caderno!

M= “That!”… this is a “caduerno” or schoolbook.

U= Já começou a complicar…Então isso deve ser um “borracho” não?

M= Ah!ah! Ah!… Oh senior indian, you are very funny, ah ah….

M= “Borracho!?” Borracho is who that drink a lot in a bar.

M= This is a ruber. A single ruber senior Uruma.

U= Tá bom, mister. Um dicionário, um lápis, um caderno e uma borracha.

Meu filho Cauê tem um livro, um “book” da primeira série que contém várias imagens. Basta o senhor escrever do lado delas seus respectivos nomes em inglês e aí vou decorando.

(Ao Aluno- inserir várias imagens de objetos, animais, etc, com espaço ao lado para anotações)

M= Good idea senior Uruma. It is also a good oportunity to talk about your family.

Cauê is your son, correct?

U= Ô mister. Som é o que sai da (flauta do cuarupe) ou do rádio.

M= No, no… son means “filho” in ingles. And you-”você”- is his father or dad of Cauê.

U= Entendi;- Sou o “fader “ou dad dele – digo; o pai dele. Certo?

M= …And his mother is…what? Q?

U= Deve ser a mãe. – Se fala “moder” né? Muirê é a “moder” de Cauê

M= Muirê is she´s name? But mother we write this way

(Ao aluno -escreva corretamente – mãe, pai, filho em inglês)

M= Very well. In our dialog you could see a litlle of grammatic itens.

For sample some fews personal pronoms.

Please, try identificate the folows;-

My – Your – Our – His – She

(Ao aluno – relação na vertical com espaço para tradução)

U= Mister Malcoln, a coisa vai pegar. Tô vendo que as letras não tem o som que nós aqui usamos.

U = Vamos começar pelo mais básico. O som das letras, tá bom. Em escrevo aqui no chão mesmo e “usted” me díz o som de cada uma:>-

(Ao Aluno – relação das letras e respectivos sons)

U =Onde já se viu… o “a” tem o son de “ei”, o “i” de “ai”.

M =Its depend. Some times thats sounds is like the same in your language. We wil see forward.

U =Eu tenho uma ideia. O Valdir, aquele funcionário da FUNAI que o senhos conhece pode me emprestar o gravadorzinho dele, assim vou poder associar o que está escrito com a pronúncia correta.

M= Excellent idea! I know senior Waldyr. Very gentle one. But you must put a number in each word and repeat that number in the record.

U= Number? Número? Ah! Entendi. Escrevo “father “(1). Na gravação ouço “fader um”. Escrevo “mather (2) e o som correspondente tenho “mader dois” e assim por diante.

M= This method is a litlle complicate, but it wil be usefull until you get that association in your brain. Then no more wil be nescessaire.

U =Tecnologia pífia…

M = Please mister Uruma, speak ease.

U = Melhor seria ter um notebook à mão.

M = Oh yes! A Laptop! Misses Sylvia, my secretaire have one. But there are a problem with she…a serious problem.

U =Problema sério? Ela tá sem bateria?

M =Ah!Ah! No my fiend. She have a lot batery charge than its laptop have.

M= The problem is you. “Usted senior cacico”.

U = Eu? Pois eu nunca vi dona Sylvia.

M =Even misses Sylvia see senior Uruma, but she knows that you almost time stay without closes. You still all the time half naked, and she have thats traditions costumes of old England when man and woman must very well dresses in comunity.

She wil be very shame for your apparence.

U =Deixa ver… o sr Gordo falou “neiqued”. Aqui no dicionário tem “naked” com K. É isso? Pelado? Nú?

Ela se sente envergonhada porque eu estou pelado ou quase? Uai! Ela tem seus costumes e eu tenho os meus, ou os do meu povo.

M =You could make ease our friendship if you put at less um simple short, and please mister Uruma- Gordon is my name. Malcoln Gordon Shermann. Por favor.

U =Desculpe mister. Na verdade de gordo você não tem nada.

M = I know “gordo”. Gordo is “flat” and I am very “fin” so help me God.

U = Mais algumas palavras… naked, flat, fin. Estamos indo bem até sem o notebook.

M =Came back to the Silvya`s problems. Do you should dress a pence like a short?

U= Chorte? Taí! Chorte é uma palavra de origem anglo-saxonica, não é?

M =Yes. “Short” means no long.

U = Então chorte quer dizer curto? Tá certo. O que não é longo é curto…Vou botar o meu já já. Pode buscar dona Sylvia e seu Note book.

M = I wil wait you just ear.

Minutos depois….

U =Que tal senhor inglês eu fico com esta coisa?

M =Nothing very elegant I could say, but accetable for misses Sylvia`s principals. She wil be here soom.

U =Estou ficando confuso mister. Afinal me chamou de filho? Son?

M = No, no. Be attention. Look at the dicionarie. I wil consulte it too.

M =Here it show > son = filho. We read “san”.

U = Muito engraçado. Se escreve “son” e se lê “san”.

M =Engraçado? Fanny? I agreede. And have more. That word that you call “sol” have the same sound “san”. But when you want say the name of that star you must put “the” before.

So you can say;- Your son is under the sun. “Sua filho estar sob a sol”

U =Opa mister.Tanto meu filho quando o sol são machos. Diga sempre :”O sol” e “seu filho”.

M = Sorry. Very sorry.

U =E quanto esse “sun” que o senhor disse quando se referia a dona Sylvia?

M =”Soom”! Let me see. Soom means “breve” and some cases means “fast” or “rápido”. In ingles we have “rapid” too. Came from latin of corse.

U =Ainda há aquele caso do son da flauta, mister.

M =There is no doubt about it (*). That is a sound. You must read > “saund”

U =Assim não dá. Precisamos criar um método.

M = I agreed mister caciq. Onever here came my secretaire. Well come miss Sylvia.

U = Benvinda dona Sylvia. Chegou bem na hora.

S = Pleaser to meet you mister cacique Uruma.

U =O prazer é todo meu. Fique à vontade.

S =Oh no! I am very well with closes. Thank you.

M =Silvia, he only said to you make confortable, not to be udresses. Its a costume express that way. Like stay in home or some this…

S =Ah! What full I am! What shame… I bring the laptop (sorte)

(Ao aluno> Vamos ver se você identifica todos os verbos que há neste diálogo até agora)

U = Vamos começar tudo de novo. Dona Sylvia o seu laptop grava o som também?

S = Som? Yes. Sounds and images too. I can also put a dicionaire by side of the screen.

U = Uma dúvida. O seu portugês é tão bom quanto ao do mister Gordon aí?

S = A litlle… um pouquinho, senior.

M =We are lost gold time. Soom the sun go on and at nigth I and miss Sylvia must stay in the camp of FUNAI. We can use that cyber machine rigth now. Do you agreed?

U =Sun…sun…sun..sim. Se entendi vamos continuar antes que o sol vá embora.

(*) – Expressão idiomática (Veja definição ao fim do curso)

AMIGOS ESQUECIDOS

Por Dirce M Salgueiro

Que tarde difícil para Rogério. Levou uma bronca danada da empregada Geralda: Se não guardasse os seus brinquedos todos, nos seus devidos lugares, não teria sobremesa de gelatina de morango no jantar.

Mas, o que deixou Rogério mais preocupado, foi a estória que a Geralda

lhe contou… “Os brinquedos também têm coração e sentimentos”,disse ela, “e os seus vivem jogados, sujos, pisados e quebrados por todo canto.

Qualquer dia desses, eles, sem que você veja, fogem e irão morar em outra casa. Talvez numa casa pobre, onde vivem crianças sem brinquedos.

Naquela noite, Rogério demorou muito para pegar no sono, e viu, então, um boneco, sem braço, cochichar para o motorista de seu caminhãozinho de bombeiros sem rodas: “ei amigo, que tal você me dar uma carona para a gente cair fora daqui?” E, de dentro do caminhão, alguém respondeu; Vamos nessa, mas convide também aquele aviãozinho sem hélice, o ursinho sem um olho e aquele cavalinho perneta para virem com a gente…

Rogério, espantado, olhando por baixo do travesseiro, via a estranha fila de brinquedos, saindo pela porta de seu quarto. Até aquele taco de beisebol que ganhou da tia Marieta-tá-tá, carregado pelo carrinho de rolimãs, feito pelas mãos mágicas do vovô Raul.

Por mais que fizesse força, não conseguia levantar-se da cama. Tentou chamar aqueles fujões, mas por mais que abrisse a boca, nem um som dela saía! Cansado, prometeu a si mesmo, guardar, limpar e consertar todos seus amiguinhos brinquedos, logo pela manhã no dia seguinte.

Mas, então, cadê ? “GERALDAAAAAAAAAAA” gritou e gritou, por várias vezes até que a esbaforida e espantada figura da doméstica, entreabriu a porta do quarto… “Que foi? Que foi Rogério de Deus?

Todos os meus brinquedos fugiram, foram embora ontem à noite. Eu vi…

Eles foram morar em uma casa onde as crianças não têm nenhum brinquedinho… lamentou, chorando o menino.

Ah, é isso? “Seu” bobo. Você sonhou !

Então, aonde eles estão?

Foi seu avô, criança. Enquanto você dormia, ele pôs um olho novo de botão no ursinho, colocou uma hélice de lata no aviãozinho, fez um braço de papelão para aquele boneco super herói, colocou rodas de tampinha de cerveja no caminhão de bombeiros, lubrificou as rolimãs do carrinho e até limpou e pintou algumas faixas coloridas no seu taco.

E… estão onde sempre onde deveriam estar; no seu armário de brinquedos.

OOOOba! Gritou Rogério. Vou dar um beijão no meu “vô” agora mesmo.

Ele fez isso, e prometeu para a Geralda, por todas as sobremesas mais gostosas do mundo, tomar muito mais cuidado com todas as suas coisas, brinquedos, livros cadernos, lápis de cor e tudo mais, inclusive suas roupas e sapatos. Tudo muito limpo arrumado e guardado.

A Geralda, sorria quando saiu do quarto e pensava; – nem sempre um pesadelo tem resultados ruins…. pode até ser um sonho bom!

 
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Publicado por em fevereiro 1, 2012 em Uncategorized

 

IDEIAS



Passarelas atraentes e até rentáveis com custo quase zero.

Quem vê uma passarela para pedestre nas diversas rodovias do país, compreende de imediato o porque os transeuntes arriscarem-se ao transpor as faixas de trafico de uma rodovia.
São estruturas absolutamente repugnantes. Frias, exigem dos que as utilizam um grande esforço físico, além de expor sua segurança frente a ação de meliantes. Na maioria das vezes, imundas, e em dias de chuva são totalmente inúteis.
Tenho uma ideia que poderia se opor a relutância da população quanto ao uso desse equipamento urbano.
Claro, a implantação dessa solução deveria ser acompanhada de um estudo de viabilidade caso a caso.
Descrevo a seguir o que seria uma passarela para transpor uma rodovia de pista dupla, mas acho que
também caberia na ultrapassagem de estrada de via única ou via férrea.
Seriam construídos pela iniciativa privada (construtoras) em terrenos cedidos pelo orgão responsável pela administração da rodovia em seus ambos lados dois prédios com cerca de dois ou trés andares cada em área com medidas de talvez 6 (seis) metros de largura por 40 (quarenta) metros de comprimento que segue em paralelo às pistas.. Esses prédios abrigariam. além de escadas em suas extremidades, pequenas lojas e oficinas de serviço. Pequenos cafés, chaveiros, barbeiros, sapateiros, relojoeiros, farmácias, etc e muitas outras pequenas empresas de atividades de grande interesse popular. Poderiam oferecer também serviços do serviço público tais como míni-postos de saúde, de policia, etc., inclusive banheiros públicos.
Esses dois prédios seriam ligados à passarela propriamente dita. Mais larga, iluminada coberta e resguardada lateralmente por vidros, grades ou equivalentes. Na cobertura, painéis publicitários ajudariam na receita de sua administração. Por sobre o canteiro central da estrada uma coluna de sustentação, devidamente protegida contra acidentes teria em seu cume um posto da polícia rodoviária com uma visão privilégiada do tráfego. A parte externa de ambos os prédios poderiam expor grandes outdoor s publicitários o que acrescentaria mais recursos para manutenção.
Vantagens:- A exploração dos aluguéis das lojas por parte das construtoras por determinado tempo, fariam dos custos para o Estado ou município, muito baixos ou quase nulos e ainda renderiam impostos sobre esse comércio instalado e sobre a locação.
Para o pedestre além de uma passagem segura e atraente uma oportunidade de abastecimento em qualquer hora do dia, já alguns desse comércio poderiam funcionar em turnos completos de 24 horas.
Desconheço o custo de uma escada rolante, mas acredito duas delas em cada prédio, só para subir poderiam convencer qualquer transeunte a utilizar esse equipamento urbano.
Sou desenhista e se a ideia se mostrar interessante para um projeto, posso fazer um esboço do que acho de como deveria ser a estrutura.

Solução urbanística para áreas degradadas – Cracolândia

 Gostaria de sugerir um projeto, que ao meu ver poderia ser parte da solução para áreas urbanas degradadas como a da chamada “cracolândia “ em São Paulo.
Essa área em especial ocupa uma região central e de muita importância social na cidade que por sua localização torna quase impossível a desapropriação daqueles imóveis..
Qualquer ação para sua reurbanização demandaria enormes custos tanto para a municipalidade como para a iniciativa privada, devido principalmente ao preço do metro quadrado ou valor de mercado ali.
Atentei para a baixa altura dos prédios da região, cujo pé direito raras vezes ultrapassa trés andares e imaginei uma solução inédita tanto para essa como para outras áreas urbanas decadentes em outras cidades do país.
Minha ideia contudo não será uma solução fácil. Exigiria talvez mexer na constituição no que tange
à direito de propriedade. Quem sabe um adendo à ela possibilitaria a implantação de uma política de renovação urbana permanente. Com a palavra os juristas.
A proposta é a seguinte: Criar-se-ia um valor ou moeda específica que determinaria o preço do metro quadrado segundo o mercado imobiliário da região a ser urbanizada. Poderia sere chamada,
salvo melhor consideração, de “unidade de valor de área a ser re-urbanizada” – UVAR e ´só seria aplicada na região alvo, mediante consenso público.
Essa UVAR poderia ser trocada, vendida ou locada segundo os interesses de seus proprietários, e aqueles que como moradores locatários dos imóveis em questão poderiam optar em manter o contratos de aluguel ou transferi-lo para outro ponto em outra região. Negociar-se-ia caso a caso, sempre com o benemérito do incentivo governamental.
Os ocupantes da região seriam convidados a ser transferidos para o que chamaremos de “Unidade de rodízio para recuperação urbana”-URB
A URB construída pela iniciativa privada, com subsídios do poder público tais como isenção de impostos, financiamentos especiais, um quarteirão inteiro com edificações com funções genéricas em área equivalente. Essas construções ficariam já bem afastada do centro, mas com todos os melhores serviços urbanos como transporte, acesso fácil, equipamentos de infra-estrutura completos- . Luz, água, esgoto, abastecimento, escolas, postos de saúde, etc.
O interesse das construtoras e incorporadoras nesse projeto estariam no fato de que poderiam, ultrapassando a altura dos prédios da área a ser reurbanizada , edificar espigões de muitos andares com unidades para todas as funções de moradia, comércio, lazer, estacionamento e talvez até de armazenamento, em terreno doado pelo poder público, com incetivos fiscais ou isenção temporal de tributos, tendo a possibilidade de vender ou locar unidades excedentes.
Assim o espaço degradado estando completamente desocupado poderia então ser reconstruído, agora com novas edificações e com muitas unidades habitacionais, de comércio, de serviços, etc.
que também, excedendo em quantidade e qualidade as de origem, poderiam ser negociadas, alugadas, etc.
Os antigos moradores que escolheram esperar pela obra de restauro, poderiam voltar e ocupar seus antigos espaços que correspondesse aos de anterior às obras (em metro quadrado-UVAR) .
Poderiam também optar em vender UVAR excedentes do espaço era menor ou adquirir mais UVAR, tendo prioridade nesse negociação.
Esse mecanismo, tratado com muito critério, com justiça e fiscalização, poderia ser um instrumento para qualquer metrópole, eliminado ou minimizando o ônus da desapropriação.
É evidente que deverá haver um rígido controle por parte do poder público, da justiça e dos órgãos técnicos na escolha das árias candidatas à reforma urbana.
Esta é apenas uma ideia que quem sabe não faria com que olhássemos para o futuro com mais esperança e otimismo em relação às nossas cidades.

O combate às drogas

 O consumo de drogas, ao meu ver, é uma fuga da realidade da vida. Sobreviver nunca foi fácil e é
aonde reside a força dessa praga.
Muito embora a espécie humana tenha ultrapassado e muito as limitações dos requisitos da simples sobrevivência ainda se vê diante da luta inglória contra esse mal.
Ainda que não aceitável é compreensível que os grupos menos favorecidos busquem esse caminho. O caminho da fuga. No entanto as classes mais altas também fogem por aí. Suponho que em busca de um objetivo maior do que só viver bem. O intelecto exige ser mais utilizado, isso é quase instintivo no homem, porém as opções oferecidas pela sociedade nem sempre atendem à esse anseio. Seja porque as escolhas de aprendizado ou atividades profissionais sejam feitas erroneamente ou porque feitas apenas seguindo uma tradição familiar. Dar, por parte da sociedade ou do poder constituído maior importância à satisfação pessoal quanto ao rumo a seguir, por meio de instrumentos vocacionais mais efetivos, mais completos, mais elaborados, mais personalizados, seria o meio.
Programas sociais e fortes investimentos em educação poderão minimizar o anseio de fuga das classes pobres, mas é preciso também oferecer opções de crescimento individual no grupo.
Já quanto aos mais abastados será preciso enaltecer nos jovens o principal fator de conquista da espécie sobre as vicissitudes da vida – o poder de criação. Criar e construir é o que faz o Homem vencedor. Dono de seu destino e das vitórias contra adversidades que a natureza do universo impõem, essa criatura jamais fugirá, seja pelas drogas ou pelo desvio de conduta – ou crime.
O homem vê seu semelhante como oponente e é preciso mudar urgentemente essa concepção.
Uma sociedade justa e igualitária faria isso… Então…
Vários regimes políticos parecem buscar essa sociedade. Ainda nada ou quase nada resultou.
Sistemas políticos lidam com uma enorme complexidade nessa procura e não será fácil achar o caminho correto. Na minha modesta e pouco qualificada opinião vejo uma luz no fim do túnel.
Observei que quando empresas grandes e médias estão falidas ou quase, seus operários assumem o controle e na maioria das vezes com sucesso – É a cooperativa ! O trabalho de um depende diretamente do de seu parceiro. Não há competição, mas mesmo que por interesse individual, o bom desempenho do colega será exigido pelo coletivo. O progresso é comum e buscado com afinco.
Que tal criar-se um partido com esse propósito? PCOOB?
Quanto às drogas em si na atual conjuntura, sugiro uma solução universal, ou seja – que todos os países que sofrem com o flagelo criem um fundo que substitua a renda que países como a Bolívia
auferem oficialmente ou não com a planta.
Atrevo-me a propor uma solução insólita e muito provavelmente utópica – a modificação genética do princípio ativo da própria planta. Com a palavra a EMBRAPA !
Não pretendo ser original mas preocupa-me sobremaneira o futuro das novas gerações e mormente de minhas adoradas netas nesse mundo perverso.
Peço perdão se estiver sendo redundante na apreciação da realidade humana.


 
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Publicado por em junho 21, 2011 em Uncategorized

 

TEMA PARA DISCUSSÃO (quase científica, quase filosófica, quase demente)

OLHOS NAS ASAS DA BORBOLETA

Salgueiro – julho 2010

Um programa na TV tratava da história de Einstein e a da mecânica quântica, aí uma ideia intrigante ocorreu quanto atentei sobre interação do pensamento humano com a realidade física.Nessa reportagem testemunhos de vários cientistas concluíam que, teoricamente a consciência criava a realidade. Utopicamente o ser humano poderia criar ou alterar o comportamento da matéria e da energia apenas com o pensamento. Existiriam até comprovações cientificas que confirmariam esse fato. Com certeza uma aberração surpreendente.
Falou-se também em universos paralelos e na recente teoria das “cordas”, unidades básicas na construção do universo. Essas cordas vibrando determinariam o comportamento dos fenômenos naturais.
Será? Será que o intelecto pode mesmo determinar um efeito, mesmo que quase imperceptível sobre o todo?
Cordas, ondas, ressonância…Isso lembra som, música, ritmo…
Hoje a espécie homo-sapiens cria máquinas que logo estarão pensando por si. E talvez até interagindo autonomamente com o ambiente.
Ao meu ver essas máquinas, os computadores, embora ainda comandadas por mentes humanas, agem de forma muito parecida com o que ocorre na natureza. Parece tudo programado, computador e universo. Causa e efeito seriam previsíveis até quando se mantiverem atados num objetivo básico e primordial (?)
O que seria esse objetivo no Universo? Qual a razão de tudo?
Como se sabe hoje, tudo não passa de energia. Mesmo a matéria é energia. Acho que até o fóton não passa de um nó na onda luminosa
Afinal o que a Natureza busca tão freneticamente?
Perenidade, uma pedra filosofal. Algo permanente, indestrutível, não deteriorável, para estabelecer uma base ou origem fixa, infinita e eterna para um universo de uma matéria de estrutura não energética que eu chamaria “orto-matéria”. A matéria verdadeiramente material.
Não imagino como poderíamos visualizar tal objeto, já que nossos sentidos estão preparados para perceber energias ou ondas eletro-magnéticas.Claro, é só uma especulação, contudo uma observação simples me conduziu a considerar uma intenção implícita na construção da matéria:- A estrutura perfeita e organizada dos cristais metálicos e alguns rochosos. Acredito que faltou um gabarito de montagem, já que em escalas maiores que a microscópicas se entrecruzam e se deformam caoticamente.Segundo esse pensamento, existe de fato uma intenção. Uma intenção não humana de se criar uma estrutura perfeita e imutável.Deus?…O grande programador? Talvez…Uma inteligencia superior? Pra mim mais que uma, milhões, bilhões de inteligencias na busca daquela meta. Cada qual em níveis diversos. Caberia aí um mentor supremo ou um colegiado deles, dirigindo subalternos e estabelecendo prioridades.
Nada parecido com qualquer conceito religioso.Uma enorme organização técnica determinando leis e caminhos científicos criados na origem, no “BIG-BANG”.
Parece haver um intuito, uma intenção, um objetivo.Os processos de criação dos elementos (da tabela periódica) que acontecem nas explosões estrelares mostram uma sequencia lógica.Segundo astrônomos, físicos, e outros entendidos a cada evento desses a partir do hidrogênio elétrons entram em órbita de núcleos também modificados para criar matéria (energética) ou aqueles elementos primários.
Com certeza um processo construtivo que o Homem já consegue reproduzir.
A natureza não sabe de que maneira atingir a “perenidade”, e o “Big-Bang” seria mais uma tentativa talvez fracassada de uma enorme série de outros anteriores.O Universo está se expandindo e, segundo a ciência tende a desaparecer. Talvez outra explosão inicie outra tentativa em busca da perenidade do equilíbrio, da estabilidade estática.
Enquanto isso não ocorre, em várias frentes parece haver uma procura de soluções para salvar a atual configuração universal.
Eu imagino inteligencias que eu chamaria de entidades elementais. Verdadeiros duendes construtores. Etéreos, invisíveis, habitando um nível supra-consciência, seriam arquitetos, criadores, experimentadores, engenheiros, químicos, físicos, designers, etc. Enfim seriam projetistas da criação de procedimentos e da mecânica dos seres vivos, de suas funções elétricas e de uma programação visando a sobrevivência e reprodução. Acredito mesmo que desde as mais simples origens, mesmo anterior à vida, mesmo quando atuaram na forja das fusões estelares procuram combinar os elementos básicos da matéria.
Essa é uma concepção temerária, sabemos, mas ela me ocorre toda a vez em que me deparo com algumas formas que se apresentam muito além de qualquer conceito lógico.
E é isso que dá título a presente crônica. Quem desenhou olhos de coruja nas asas da borboleta?
Expliquem-me como olhos de coruja aparecem em algumas asas de borboleta.
Evolução genética? Quem promove essa evolução? Genes com certeza, mas como eles são informados? Pelo instinto de auto preservação da borboleta? A coruja não preda a borboleta mas é predadora do pássaro que devora borboleta. Como um gene pode ter essa informação?. Um outro inseto, uma lagarta também apresenta essa defesa. Sua cauda tem a forma e aparência de uma serpente que não se alimenta de lagartas mas sim dos pássaros que o fazem. Além do mais essa informação não daria para passar de uma geração para a imediata seguinte. E o que dizer das estratégias de camuflagem, dos aromas de atração ou repulsão, dos venenos de defesa, das estruturas ósseas de defesa ou ataque, etc.
Proponho que uma consciência externa estaria atuando. É o que sugerimos.
Há inúmeros exemplos desse tipo na natureza.
Casos de defesa e dissimulação têm construído formas e funções muito além da vontade ou necessidade de animais e plantas. Como um vegetal poderia saber que expondo espinhos estaria se salvaguardando de herbívoros? Ou excretando venenos?
Sabemos que todas essas artimanhas tem pontos vulneráveis que são aproveitados por seres que criaram atributos para se aproveitar dessa condição. Algo ou alguem procura modificar os pontos fracos dessa criatura. Uma defesa do projeto de um criador invisível. E a isso o que chamamos de evolução. Acontece como? Tentativa e erro? Não acredito.
Quem constroe a Natureza não tem certeza dos resultados. Há uma limitação intelectual. Alguns projetos morrem no caminho outros estagnam no tempo e outros, embora permaneçam imutáveis por muito tempo não alteram qualquer coisa com sua presença.
No reino animal, força, tamanho, ferocidade, sagacidade quando parecem assegurar o domínio, terminam se extinguindo por fatores externos como fonte de alimentação, cadeia alimentar, clima, duelos entre espécies, doenças, desastres geológicos, etc.
Com todos esses contratempos a evolução caminha inexoravelmente mas tropega.
Toda essa vida teria um efeito redundante e irrelevante frente ao que se propõe não fosse o surgimento de uma força inédita- A inteligência.
Não sou religioso, mas essa constatação me lembra o que se prega como verdade:

O Homem criado à semelhança divina”
Acho, apenas, que a inteligência é uma força transformadora e quiçá a última tentativa de controlar o caos universal. É quase uma carta branca com atribuições que ultrapassam o acaso ou funções exclusivas dos criadores.
Projeções científicas levantam hipóteses de como, no futuro, a espécie humana poderá controlar as forças do Universo, porém há um aspecto subliminar em toda ação humana. Há um parâmetro! O decantado “livre arbítrio” é só em parte verdade. Ele existe apenas entre dois trilhos. Trilhos traçados na programação original. Que programação é essa? Para o Universo a de um conselho de criadores, para a vida individual os elementais.
Voltemos aos seres elementais. Afinal quem ou o que são eles? Proponho que eles sejam somos nós mesmos. Criamos nossa própria história de vida. O que tentamos construir aqui é o que programamos alhures.
Em busca da qualificação. Não do indivíduo. Nem mesmo da espécie, mas da ideia ou processo.Deus não se importa pelo indivíduo. Ele é sempre descartável, já que é de efêmera existência. Não se importa nem mesmo com a espécie. O que importa mesmo é a condição, tanto do indivíduo quanto da espécie, em se qualificar e se preservar para a transformação do universo. Estabelecer nova conformação do aparente caos que a natureza apresenta.
Não lembro do nome do cientista que propôs trés tipos de civilização: – A mais básica dominaria a energia de uma estrela – A segunda todo um sistema solar e a última a de toda uma galáxia. (Acho que é isso). Aparentemente nossa espécie, por pura sorte, recebeu um alvará quando conseguiu desenvolver a inteligência, para promover essa “reforma da natureza”. Poderia ser atributo de outra espécie qualquer com as condições em que o nosso intelecto se desenvolveu.
Em geral o ser humano tem uma visão do universo em que vive muito limitada. Restrita aos poucos arredores conhecidos ou meramente suspeitados.
Quase nada se fala do tamanho desse universo ou do espaço infinito.
O conceito de infinito foi para mim e ainda é algo profundamente desconcertante.
Quando criança ao perguntar para meu pai o que seria esse infinito, ele me fez imaginar uma esfera que continha que tudo o que se conhecia. Galaxias, sois, planetas, tudo mesmo e então perguntou-me então o que haveria fora dessa esfera. Obviamente a resposta:- mais espaço. Vazio ou cheio, mais espaço. O infinito espaço.
Nossa imaginação não consegue alcançar esse conceito.
Recentemente outro cientista teorizou sobre a possibilidade de um “universo finito” Em forma de duas selas de montaria contrapostas e cruzadas em seus eixos.
Meus conhecimentos ou cultura são demasiados limitados para opinar a respeito, mas se essa configuração é apenas uma estrutura, ao entorno dela o que existiria afinal? Vazio? Também não dá para imaginar esse espaço fechado sem nada em volta.

Concluo então que o infinito é uma verdade absoluta e incontestável !
Da mesma forma o é o tempo: – a eternidade.

A entidade criadora ou Deus criou o infinito? O espaço infinito, a eternidade?
Então onde se encontrava Deus então?
Uma resposta se impõe:- O infinito sempre existiu. Não foi preciso um Deus para cria-lo, e se Ele existe, apenas habita esse espaço também o faz infinito.
A ideia do “sempre existiu” é também acachapante e vai além do que nossa consciência permite.
E o que preencheria esse espaço sem fim? Um vazio inútil?Eu proponho:- simplesmente TUDO ! Tudo o que se possa imaginar e também aquilo que ainda não temos condições de conceber. Todas as possibilidades por mais estranhas que pareçam são reais. Essa recente teoria dos múltiplos universos, para mim é bem plausível. Universos criados no atrito de estranhas e ultra dimensionadas membranas, segundo sugere alguns doutores. (De onde tiram isso?).
Seja o que for, existem, existiram e existirão para sempre. Universos que se sobrepõe no tempo e no espaço.
Tenho a certeza que jamais comprovaremos isso tudo, mas uma coisa já começamos entender: – convivemos nestes tempos com pelo menos 2 (DOIS) universos. Surpreendente? Um universo é o que nos serve de cenário, com seus sois, estrelas, galáxias, etc O outro já estamos antevendo, mas ainda não o classificamos como tal. Eu o chamarei, contudo de universo QUANTICO.
Com outras leis, outro comportamento, outras forças, outras interações, outras dimensões, ( já ouvi falar de uma décima primeira) estranho mas real. É o que se diz.
Essa constatação pressupõe universos infinitamente pequenos até outros infinitamente grandes o que seria uma forma inteligente de ocupar o espaço infinito. Nesse caso os cientistas e pesquisadores jamais encontrarão a “partícula de Deus” que vem a ser a mais atual das teorias no estudo atômico.
Esses pensamentos sugerem universos flutuando no espaço tal qual gigantescas bolhas de sabão sobrepondo-se uns aos outros sem uma clara interação entre eles.
O nosso universo, o nosso cosmos ou nossa bolha está construído segundo leis físicas e matemáticas o que nos faz deduzir a presença de uma inteligencia de uma intenção de uma vontade sub reptícia, mas parece não conhecer o caminho para um objetivo não revelado. Então a natureza ou aquele ou aqueles que demandam tal procura não são totalmente onipotentes. Segundo Einstein a quantidade de energia no cosmos é constante e como disse Lavoisier nada acaba tudo se transforma, tanto isso é verdade que os seres vivos têm que buscar transferir a energia (química dos alimentos) de outros viventes para se manterem.
Também segundo Einstein Deus não joga dados quando fala de probabilidades, mas seria tudo isso então um fenomenal “vídeo-game” para combater o excepcional tédio de uma existência sem fim no tempo e espaço ilimitados?
Pensando assim a entidade criadora ou Deus não pode ou não quer mudar as regras. Acho até que existam Deus ou deuses para cada uma dessas bolhas universais, estabelecendo normas, regras e leis originais para cada uma delas.
Somos muito primários para concluir qualquer intuito divino nesse nosso mundo, mas essas novas concepções científicos sobre o que nos envolve, nos conforta intelectualmente, embora possam nos aproximar perigosamente da demência.
Acabo concluindo que não importa mesmo a finalidade daqueles olhos nas asas das borboletas e mariposas. Umas são lindas outras nem tanto mas fazem parte deste nossos tempo e espaço e nos instiga na procura da verdade.

Este é o fim…(?)

Veja também: salgueiro110.worddpress.com
willow.carbom made.com

AINDA E APENAS TEMA PARA DISCUSSÃO
(quase científica, quase filosófica, quase demente)

O grande “DONUTS”

Perdoem-me cientistas, físicos, matemáticos, filósofos e pensadores de grande expressão, mas no alto dos meus 76 anos o tempo é muito longo para ficar apenas nos adjacentes assuntos cotidianos. Sinto a necessidade de expor minhas idéias já que os que estariam me ouvindo não estão mais presentes. Acho ser um quase instinto natural da espécie procurar explicações para os enigmas do universo. Assim sendo me atrevo invadir seara alheia contudo com algum constrangimento

Costumo dizer que minha é uma cultura almanaque. Exatamente isso. Tal qual um almanaque de curiosidades coleciono conceitos, teorias e proposições que tentam explicar o significado da existência e do porque das coisas.

A idade traz sabedoria? Não sei. Uma coisa tenho percebido, tenho mais consciência do tinha pouco tempo atrás. Me vejo no então um completo idiota.
Consciência – essa coisa que nem sempre está associada ao intelecto. Ela vem como água preenchendo uma jarra. Acredito serem as chamadas ligações dos neurônios que a curiosidade natural do homem provoca em nosso cérebro.

A coisa que mais me faz cócegas nessa recém adquirida consciência é a constatação à que a vanguarda científica chegou;- A de que o universo está se expandindo desde o “big-bang” e ainda acelera exponencialmente nesse desenvolvimento.

Simplesmente não faz sentido. Não hã lógica nem objetivo nisso. Seria o fim de tudo?

Não sei se compartilho com a maioria das pessoas de que o universo é uma coisa e o espaço infinito outra. Vejo o universo dentro de um espaço infinito. Uma gigantesca estrutura de energia ou energia-matéria movendo-se aleatoriamente dentro dele.

Everett-Schrodinger teorizam sobre a existência de múltiplos universos. Seriam essas as bolhas de sabão explodindo tempos em tempos no infinito espaço?

Audaciosamente proponho que, como existe um infinito e que a quantidade de energia nele contida seja sempre a mesma, nada se acaba . Desse modo, faço a constatação de Lavoisier abranger toda a verdade do real.

Nada se acaba, tudo se transforma.“

Se assim é, “tudo é cíclico!”

O universo então teria que voltar à sua forma ou status original ou num nível acima, não é?

Tentei imaginar uma forma cíclica para o universo. Uma esfera que teria em um dos pólos o “Big-Bang” e no outro o seu contrário. A energia emergiria desse ponto se expandindo e entraria no outro pólo onde o processo aconteceria novamente.

No entanto a forma esférica me pareceu falha. Uma linha reta entre os pólos? Isso não condiz com a forma em que os movimentos da natureza acontecem.

E aí …a forma mais provável, o TOROIDE” surgiu em minha mente.

Isso mesmo. O Universo teria uma conformação de “rosquinha”, um “donuts” cíclico! – o TOROIDE!

Um toróide cujo raio interno seria zero ou próximo disso..

Quase ao mesmo tempo lembrei-me das linhas de força do campo magnético do sol e de quaisquer imã.

Então a energia ou matéria-energia percorreria a superfície desse objeto geométrico, cresceria e voltaria ao ponto inicial.

Provavelmente nunca saberemos, mas assim o espaço estaria mais elegante, não?

Há ainda um outro aspecto a considerar – Haveria alguma evolução nesse processo?

Se sempre houver evolução pressupõe-se um começo, um início…

Seria o espaço finito?

Surpresa! Que tal a origem do universo funcionando como um um grande solenóide ou imã? Um pólo expelindo a matéria no outro a antimatéria.

Seria um mecanismo interessante:- a pressão da gravidade conteria a aceleração na origem da explosão e a medida que se expande a matéria e sua oponente aumentam a velocidade e voltam a se comprimir no ponto inicial resultando em um novo “big-bang”. É uma concepção baseada nas funções da nossa presente realidade e é claro “há muita coisa além de nossa vã filosofia”, mas não deixa de ser um conceito cômodo para ser tido como verdadeiro já que nunca poderemos comprovar nada a respeito.

Cientistas afirmam que tanto a matéria universal como o tempo e o espaço tiveram o mesmo nascedouro nesse incrível evento. Como imaginar um ambiente anterior à ele?

Já se comparou o tempo à um rio. Parece mesmo que o tempo se comporta como um líquido. Quem sabe se o espaço também flui da mesma forma?

É bom parar por aí mesmo porque não há como continuar.

Voltemos então à tese que propus de que a inteligência trata-se de uma força concedida para tentar

interagir no controle do (aparente?) caos da natureza.

(continua)

 
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Publicado por em junho 17, 2011 em Uncategorized